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Influenciador digital passa a ser profissão

02 de junho

 

Se você tem uma conta em alguma rede social com certeza já se deparou com influenciadores digitais como, Whindersson Nunes, Maisa Silva, Carlinhos Mais, entre outros tantos. Mesmo que superficialmente, é impossível negar que nunca chegou algum conteúdo ou notícia desses influenciadores, e até precisa admitir que elas atuam muito bem nesse meio e como o nome já diz geram influência por onde passam. 

 

Mesmo sendo uma profissão nova, a prática de utilizar nomes conhecidos para divulgar marcas já acontece a muito tempo, contudo ganhou uma nova forma de fazer com o advento das redes sociais.

 

Diante de um mercado que movimenta milhões de reais, mostrando que realmente a influência dessas pessoas atinge nosso estilo de vida e a maneira de consumir. 

 

Como surgiram os influenciadores?

 

O chamado marketing de influência é a técnica de utilizar uma pessoa conhecida para chamar a atenção para uma marca ou produto. Essa estratégia já vem sendo aplicada pelo menos desde de 1760, o que pode ser considerada a primeira fase da história sobre influência, quando a Rainha Charlotte promoveu uma marca de porcelanas. Desde então, muita coisa mudou, mas a prática é bastante usada para atrair novos consumidores. 

 

A segunda fase do marketing de influência foi quando se utilizava celebridades nos comerciais, assim emprestando a sua influência. Um caso brasileiro famoso: o da Xuxa e a sua parceria com a empresa do hidratante Monange.

 

Já a terceira fase da história de influência é a atual, onde qualquer pessoa pode ser um influenciador digital. Percebemos isso quando analisamos o surgimento de novos nomes a partir das redes sociais.

 

Mas qual seria a base legal do influenciador digital?

 

Em fevereiro de 2022, o Brasil passou a reconhecer a atividade do “influenciador digital” como uma profissão, devidamente registrada na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) sob o nº 2.534-10. Tais atos foram praticados pelo o crescimento desta era digital.  

 

Importa destacar que, estes profissionais realizam gestão das redes sociais, monitorando e administrando atividades de relacionamento com o público, além de elaborarem o planejamento estratégico de marketing digital  e desenvolverem a produção de conteúdo, avaliando os resultados de desempenho. Apesar do reconhecimento da ocupação não é profissão regulamentada — que se dá por lei, após tramitação no Congresso Nacional e sanção presidencial — tal fato, por si só, não é um limitador, uma vez que a CBO tem por filosofia classificar “as diversas atividades profissionais existentes em todo o país, sem diferenciação entre as profissões regulamentadas e as de livre exercício profissional”, conforme consta do próprio sítio eletrônico da pasta ministerial.

 

Sendo assim, a Constituição considera, em seu artigo 6º, o trabalho como um direito social; dispõe, em seu artigo 5º, inciso XIII, que “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”; e prega, em seu artigo 7º, inciso XXXIV, a “igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso”.

 

Destarte, muito embora a atividade de influencer não seja ainda regulamentada por lei, o seu reconhecimento como profissão está em total conformidade com o ordenamento jurídico brasileiro — que se estabelece a partir da confluência hierárquica entre as normas, a teor do conceito da pirâmide de Kelsen, que permeia leis, decretos, portarias etc.

 

Para tanto, por mais que o reconhecimento legal do influencer como profissão seja um fator por demais positivo e estabeleça uma nova fase institucional com novas oportunidades para o setor, há ainda outras conquistas a serem consolidadas e que carecem de especial atenção, a exemplo de se tornar uma das atividades passíveis de registro direto como microempreendedor individual (MEI).

 

A análise de tantos dados e informações, uma conclusão fica à evidência: a atividade do influenciador digital pode até parecer, mas não é nada simples. Demanda profissionalismo e, em elevado grau, perfil empreendedor, para que se estabeleça e se consolide no mercado, independente do número de seguidores, do alcance e engajamento social.

Qual o futuro dos influenciadores digitais?

Cada vez mais pessoas estão se destacando nesse meio, logo o mercado de digital influencers não mostra sinais de que vai parar de crescer tão cedo. Por isso, os que já atuam nessa área há mais tempo precisam sempre se reinventar e inovar para continuar no jogo.

Dados de um infográfico da Betway, mostram resultados desse mercado indicando que 71% das pessoas seguem pelo menos um influenciador, e 73% já efetuaram uma compra por conta da opinião desses profissionais.

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